segunda-feira, 16 de agosto de 2010

FESTIVAL DE POESIA FALADA DE VARGINHA - CONHEÇAM MEU POEMA.

O CENTAURO E A FÊMEA

Viajei, essa noite,
no dorso de um centauro.
Num rapto consentido,
qual Sabina tresloucada.

Que menina não anseia,
se deixar levar,
sem fronteiras,
por seus instintos
mais secretos?

Homem ou mulher,
não importa.
A centelha não vê gêneros,
quando encarna no Ego e,
se faz sangue palpitante
de libido.

Nua, me deitei em seu corpo
macio e brilhante
comandado pelo dorso do homem.
Absorvi, pelos poros,
o borbulhar do seu desejo.
No galope,
clone do sexo,
sucumbi à entrega,
me deixando levar
pelos recantos secretos da Mãe Terra.
Lugares mágicos
da Deusa resgatando
a ancestralidade da Fêmea.
Integrando
a Mulher,
a Mãe,
a Filha,
a Irmã,
numa só.
Gênero.
Único.
Universal.

E, na luz da lua,
os limites da pele,
se esvaeceram.
Tornamos-nos uno.
Criei asas,
virei Pégaso.
Alma pura,
ganhei céus.
Virei divina.

Segui, em vida, no ar,
terrena e celestial.
Como todos.
Todos nós.
Humanos.

Um comentário:

  1. Vou declamar seu lindíssimo poema na Semana do Livro, aqui em Varginha... Bjs

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